🌍 Juliana de Souza Pereira Marins, de apenas 26 anos, era uma jovem brasileira natural de Niterói (RJ), que levava consigo uma paixão vibrante por viver a vida de forma intensa, livre e com propósito. Formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ, Juliana acumulava experiências em empresas como TV Globo, Multishow, Canal Off, e atuava como publicitária, dançarina, produtora e também voluntária em projetos sociais como a ONG Teto.
Apaixonada por viagens, culturas e descobertas, Juliana decidiu embarcar em um mochilão solo pela Ásia em fevereiro de 2025. Passou pelas Filipinas, Vietnã, Tailândia e por último, a Indonésia. Ela compartilhava suas vivências nas redes sociais com textos profundos, fotos vibrantes e vídeos que refletiam sua alma inquieta e apaixonada por tudo o que era novo.
“Fazer uma viagem longa sozinha significa que o sentir vai sempre ser mais intenso... Nunca me senti tão viva.”
Essas palavras, ditas por ela durante a viagem, expressam o que a motivava: a busca pelo autoconhecimento, pela espiritualidade, pelo presente vivido em profundidade. Durante o mochilão, Juliana participou de práticas de yoga, meditação e imersões culturais, além de abrir espaço para falar com honestidade sobre seus medos, angústias, crises de ansiedade e saudade da família. Sua coragem em mostrar o lado real da vida de uma mochileira inspirava milhares de seguidores.
A tragédia no Monte Rinjani
No dia 20 de junho de 2025, durante uma trilha no imponente Monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia, Juliana se sentiu cansada e pediu uma pausa ao guia do grupo. Segundo a família, o guia seguiu com os demais turistas e a deixou para trás. Horas depois, Juliana escorregou em uma área íngreme e despencou por um penhasco de aproximadamente 300 metros.
Foram quatro dias de buscas intensas em um local de difícil acesso, com clima instável, neblina e perigos naturais. Durante os primeiros momentos, ela ainda apresentava sinais de vida, como gritos e luzes de lanterna, o que levou voluntários e equipes locais a se mobilizarem. Mas, infelizmente, o resgate aéreo foi inviável devido ao mau tempo. Seu corpo só foi localizado em 24 de junho e removido no dia seguinte.
O caso gerou grande repercussão no Brasil e no mundo. A família denunciou negligência do guia e das autoridades locais, alegando que Juliana foi deixada sozinha e que o resgate foi lento. Houve críticas também à atuação diplomática brasileira no exterior. Influenciadores, atletas como Alexandre Pato, e até o presidente Lula se manifestaram, e houve pedidos formais por investigação e mudanças nos protocolos de segurança para turistas.
Legado
Juliana deixou uma marca profunda. Não apenas pela tragédia que chocou o Brasil, mas pela forma como viveu: com intensidade, autenticidade e coragem. Sua última postagem dizia:
“Never try, never fly.” (Nunca tente, nunca voe.)
Ela era mais do que uma mochileira — era uma buscadora de sentido, uma contadora de histórias reais, uma alma livre que decidiu viver seus sonhos com verdade.
Sua história nos convida a refletir sobre os perigos de trilhas mal acompanhadas, a importância de protocolos de resgate, mas também nos inspira a viver com presença, paixão e liberdade.
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