A ideia de se deslocar por lazer ou devoção é antiga. No Egito, por exemplo, as pessoas viajavam para participar de festas religiosas em templos. Já os gregos e romanos costumavam sair de suas cidades para assistir aos Jogos Olímpicos ou relaxar em cidades termais.
Os romanos, aliás, foram pioneiros no que hoje chamaríamos de "turismo de verão": famílias nobres viajavam para casas de campo, próximas ao mar, para escapar do calor das grandes cidades.
Durante a Idade Média, as viagens se tornaram mais raras devido à insegurança e aos conflitos. Mas o turismo religioso cresceu: milhares de pessoas faziam longas peregrinações a locais sagrados, como Jerusalém, Roma ou Santiago de Compostela.
Essas jornadas eram feitas com fé, mas também ofereciam a oportunidade de conhecer novas cidades, culturas e paisagens.
Com o Renascimento e, mais tarde, o Iluminismo, o interesse por arte, ciência e filosofia reacendeu. A elite europeia começou a viajar para ampliar seus conhecimentos e vivências.
Foi aí que nasceu o conceito de Grand Tour: uma longa viagem feita por jovens nobres europeus, especialmente ingleses, por países como França, Itália e Grécia. Era quase um “ritual de passagem”, com foco cultural e educacional.
O turismo, como o conhecemos hoje, só ganhou força com a Revolução Industrial. O surgimento dos trens, navios a vapor e estradas seguras permitiu que mais pessoas se deslocassem com conforto e segurança.
Nesse período, surgiram os primeiros pacotes turísticos organizados, graças ao empresário britânico Thomas Cook, considerado o “pai do turismo moderno”. Ele organizava excursões com transporte, hospedagem e até alimentação inclusa.
Além disso, as férias remuneradas se tornaram realidade em muitos países europeus no final do século XIX, o que popularizou ainda mais as viagens de lazer.
Com o avanço da aviação comercial após a Segunda Guerra Mundial, o mundo se tornou mais acessível. Viajar de avião deixou de ser exclusividade da elite, e o turismo de massa cresceu rapidamente.
Na segunda metade do século XX, surgiram:
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Companhias aéreas low cost;
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Agências de viagem especializadas;
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Pacotes para destinos internacionais;
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O turismo como uma das principais indústrias globais.
Hoje, o turismo é mais acessível, rápido e digital do que nunca. Com poucos cliques, é possível comprar uma passagem, reservar um hotel e planejar todo o roteiro com ajuda de blogs, redes sociais e aplicativos.
Além disso, cresce a busca por:
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Turismo sustentável;
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Experiências autênticas;
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Viagens de autoconhecimento.
🧳 Em resumo: viajar está no nosso DNA
Desde o início da história, o ser humano viaja por curiosidade, fé, conhecimento ou prazer. O que mudou foi a forma como fazemos isso — e, principalmente, quem pode fazê-lo.
Hoje, o turismo é uma ponte entre culturas, experiências e pessoas. E a melhor parte? Ainda há um mundo inteiro para explorar.
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